“Porque não os deixamos lutar e depois eliminamos o que
sobrar?”, perguntou Donald Trump. (Expresso)
Que é como quem diz: que se matem uns aos outros; nós iremos
depois pelos despojos.
O que diz o polémico candidato republicano à presidência dos
Estados Unidos da América, na sua estúpida franqueza, é o que pensa e faz de
facto a administração norte-americana, na sua relação com a Síria.
Disto se dão conta algumas vozes críticas a que modestamente
me junto, denunciando a estratégia de facilitar a vida ao “Estado Islâmico” para destruir a Síria – não por ter um regime autoritário mas por ser insubmisso ao programa imperialista dos Estados Unidos da América.
Trata-se de apoiar o terrorismo mais cruel desde Hitler, em
nome da Democracia! Nada que nos surpreenda se tivermos em conta as alianças político-militares dos EUA na região, desde Israel até à Arábia Saudita, aqui onde o autoritarismo do regime é simpático à América do Norte.
É o petróleo, estúpidos! – parafraseando uma conhecida frase
da campanha eleitoral de Bill Clinton em 1992.
A Síria, além de ser uma resistência militar à colonização
norte-americana, é a segunda maior fonte de reservas provadas de petróleo bruto depois da Venezuela – outro inimigo artificial dos EUA:
Quantos litros de sangue. pelos milhões de barris de
petróleo e biliões de metros cúbicos de gás da Síria? – é a questão.
“Assad não é o principal problema, dado que está neste
momento a lutar contra o Estado Islâmico” – diz Trump. Será que nem Obama assume isto?
1 comentário:
Afinal não foi esta estratégia de Trump, que foi adoptada no Afeganistão? - apoiar a Al-Qaeda contra os soviéticos para depois executar bin Laden? O resultado foi o EI. Hoje*, os dois movimentos terroristas somam forças para executar a política do Ocidente: destruir o Estado Sírio.
* http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/al-qaeda-e-estado-islamico-avancam-na-siria.html
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