24.4.16

Abril em Portugal... e nas Finanças

“Para que Abril se cumpra” falta libertar os contribuintes da perseguição selectiva e do autoritarismo das Finanças, extremamente exigentes e repressivas para os mais frágeis, tolerantes e ineficientes para os grandes criminosos fiscais – seja pela legislação aplicável ou pela aplicação da legislação.

Neste mês de Abril das declarações de IRS, gostava de saber quantos contribuintes preencheram as suas próprias declarações sem ter que recorrer a advogados, contabilistas ou amigos especialmente dotados para lidar com os labirintos da informática, estes agravados ainda mais pelas “actualizações” sistemáticas dos programas ou aplicações de acesso às declarações electrónicas.

E ai de quem não descobrir os caminhos deste labirinto ou não vencer os muitos alçapões que lhes são colocados no percurso. As Finanças, intolerantes e autoritárias, com poder para acusar, julgar, condenar e executar as suas próprias sentenças, cairão em cima dos seus bens, desde a máquina fotográfica até ao apartamento, e levarão tudo o que lhes apetecer.

Há qualquer coisa de fascista nisto, que falta abordar nos meios de informação e no parlamento… para que Abril se cumpra.

O périplo que uma ministra do governo PS anda a fazer pelo país, para recolher queixas e sugestões destinadas à simplificação dos processos administrativos não me convence. Será que as repartições de finanças espalhadas pelo país não são capazes de reportar para o Ministério as dificuldades e as queixas dos contribuintes? Não tem o próprio portal das Finanças “balcões electrónicos” destinados a recolher críticas e reclamações? Não sabe qualquer cidadão, por experiência própria ou por comentários nas redes sociais, o que se passa?

Se é para detectar os problemas, é caso para perguntar onde esteve a ministra até agora. Mais iniciativa e menos propaganda seria mais útil… e democrático.


Todo o respeito e homenagem aos ex-presos políticos inseridos na foto-montagem.

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