Chamo milagres à ocorrência de fenómenos que escapam à explicação humana desde a mais comum até à científica. Não só que escapam como contradizem o que temos por lógico e adquirido. Afinal, onde está a lógica ou a explicação para a existência da vida e do universo?
Mas também não sou indiferente às evidências.
A ressurreição de Lázaro e de outros santos – por assim dizer – com destaque para Jesus,é muito duvidosa à luz da investigação histórica actual. Então a ascensão “aos céus” até “de corpo e alma”, é de uma infantilidade que nem no catecismo infantil devia ser mencionada.
O que se tem visto dos “milagres” certificados pela Igreja Católica, é que a sua divulgação cumpre uma função utilitária: alimentar o mito de Jesus e do politeísmo, disfarçado este do culto a Maria e todos os “santos”.
Aproveitando e fomentando a popularidade de Fátima, a Igreja deu início à beatificação da “irmã” Lúcia, em Fevereiro de 2008. Eram passados apenas três anos da morte dela, pelo que
foi preciso Bento XVI abrir uma excepção às próprias normas do "Direito Canônico". Motivos urgentes…
Entretanto, para lhe atribuir aquele título a quatro meses da vinda do papa Francisco, a Igreja não perde tempo, uma vez mais, e trata de anunciar que «a Sessão de Clausura do Inquérito Diocesano do Processo de Beatificação e Canonização da Serva de Deus Lúcia de Jesus terá lugar no dia 13 de fevereiro de 2017».
Para nossa frustração, nada de novo será revelado. «Todo o material recolhido será entregue na Congregação das Causas dos Santos, em Roma, que dará o “adequado seguimento”, de acordo com as normas estabelecidas pela Igreja».
Intrigante esta história, não acham? Afinal é mais fácil admitir um milagre do que admitir o óbvio: que o processo de Fátima é uma grande fraude!
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!” (Mateus 23 13-15).
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