Com a inteligência que "Deus me deu” – o Deus cristão, entenda-se – sou levado a descrer das aparições da Virgem Maria que também dá pelos nomes de Imaculada Conceição, de Nossa Senhora de Fátima, de Lurdes e de tudo o que a imaginação popular inventou e a Igreja oportunistamente sancionou.
Maria, aquela de que aqui se fala, seria uma jovem de 19 anos quando pariu Jesus “por obra e graça do Espírito Santo” como bem esclareceu um tal Gabriel a quem chamaram anjo para não levantar suspeitas – os anjos não têm sexo…
«Nascer de uma virgem fecundada por um deus ou por um seu emissário foi um mito bastante difundido em todo o mundo anterior a Jesus» - diz Pedro Barahona de Lemos, identificando “pelágios” ocorridos na China e no Japão, no México e na Pérsia, entre outros, séculos antes de Jesus.
Quase tão misteriosa como a gravidez de Maria foi a vida e a morte, esta tendo ocorrido quando ela tinha entre 38 e 48 anos de idade, segundo historiadores, ou nunca tendo ocorrido, segundo Pio XII e papas seguintes até o actual Francisco incluído.
Fosse como fosse, Maria teve mais sorte do que a sua amiga Lúcia, vidente de Fátima, cuja inocência foi aproveitada pela Igreja Católica com sacrifício de uma vida sexual saudável e reclusão rigorosa, sacrifícios a que a falsa virgem Maria nunca esteve sujeita.
Pela libertação de Lúcia, essa sim, enquanto mártir da Igreja, eu iria a Fátima a pé. E quem diz Lúcia diz todas as vítimas do obscurantismo religioso.
Pedro Barahona de Lemos é aqui citado quanto ao seu livro "Todos Somos Lázaro"
2 comentários:
Para ser rigoroso, acredito que Maria, mãe de Jesus, foi ela própria vítima do fanatismo religioso ao ter que encobrir uma relação sexual para não ser lapidada até à morte. De resto, estas práticas e estas defesas por parte das vítimas femininas eram muito vulgares naquela época. Naquela época???
Já te estou a ver a arder nas profundezas dos infernos, rsrsrs...
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