Mário Soares faz esta brilhante revelação, na VISÃO: «Nos últimos 20 anos assistimos a duas implosões pacíficas significativas:
o comunismo soviético e o capitalismo especulativo-financeiro».
Se Mário Soares, no uso de todas as suas faculdades, garante que o capitalismo especulativo-financeiro implodiu, fica agora a História do futuro avisada. Se Mário Soares (já) não sabe o que quer dizer implosão, visto que fala de «duas implosões que resultaram de dentro para fora», temos que dar-lhe um desconto.
o comunismo soviético e o capitalismo especulativo-financeiro».
Se Mário Soares, no uso de todas as suas faculdades, garante que o capitalismo especulativo-financeiro implodiu, fica agora a História do futuro avisada. Se Mário Soares (já) não sabe o que quer dizer implosão, visto que fala de «duas implosões que resultaram de dentro para fora», temos que dar-lhe um desconto.
Mas estariamos apenas a rir, se as declarações ficassem por aí. Infelismente, não. «Infelizmente, não tive ocasião de ver o debate entre Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, de que estava particularmente curioso – escreve Soares. - Mas, segundo me disseram - um jornalista que considero isento -, foi inesperadamente bem-comportado ou, mesmo, consensual, como se quisessem guardar as suas respectivas baterias contra os partidos do chamado eixo do poder: PS e PSD».
Para concluir: « Para mim é estranho, quase incompreensível, essa preocupação em partidos que se reclamam da Esquerda. É a política do "quanto pior, melhor", que em tempo de crise - como a que vivemos ainda - pode ser perigosíssima. Temos a memória da experiência ocorrida nos anos 30 do século passado, com a ascensão de Hitler, que conduziu à hecatombe da II Guerra Mundial... Deixou-se caminhar o nazismo porque a luta era contra a social-democracia, a rival mais próxima... E acabaram todos nos campos de concentração: democratas-cristãos, socialistas, comunistas e trotskistas, perante um Hitler megalómano, omnipotente e implacável...»
Moral desta história imoral: a esquerda portuguesa (pelo menos) conduz ao nazismo; a memória conduz a dizer que « deixou-se caminhar o nazismo porque a luta era contra a social-democracia»; Mário Soares é fixe.
1 comentário:
São resquicíos da cábula das intervenções e discursos pré-Alameda, de resto nada de substancial, nem de novo.
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