12.1.14
Programa a acautelar
Ricardo Paes Mamede (*) no “Expresso da Meia Noite” da SIC em 2014-01-11:
O que é que chamamos a isto?:
- Assinar um memorando de entendimento;
- Estar sugeito a “condicionalidades” externas e à permanente ameaça de que deixaremos de ter acesso a financiamento se não as cumprirmos;
- Ter exames trimestrais ao cumprimento dessas condicionalidades externas.
É um segundo resgate a que agora se chama “programa cautelar”.
...
Entre aquelas condicionalidades está:
- sustentabilidade da dívida pública
- sustentabilidade das contas externas
- estabilidade financeira
- acesso regularizado à emissão de dívida durante o “programa cautelar”.
...
Não podemos pensar que temos possibilidades de cumprir estas condições apesar de ter uma dívida externa superior a 100% do PIB e uma dívida pública superior a 120% do PIB.
…
A dívida pública actual com taxas de juro de 5,36% a 10 anos, é incomportável e não se espera que melhore. (…) Como o Mecanismo de Estabilidade Europeu** não vai fechar os olhos à realidade, não teremos saída sem ma reestruturação da dívida.
(Fim de citação)
NOTAS:
* O que separa o Ricardo, de muitos outros analistas económicos com quem se confronta em debates, é que ele não tem que "pensar positivo", não vende acções, não vende empresas, não compra nada e não tem outras “condicionalidades” que não sejam o rigor científico tanto quanto haja de científico na Economia. Ricardo Paes Mamede é Professor Auxiliar do Departamento de Economia Política do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, onde lecciona desde 1999.
** O MEE desde 2012 que se destina a assegurar a estabilidade da Zona Euro e faz parte do conjunto das medidas elaboradas para o resgate do Euro. O MEE, deve impedir mais países da moeda comum do Euro de entrarem em dificuldades por causa dos endividamentos orçamentais e com consequências negativas para o Euro, a moeda comum. É "o responsável" pelo Programa Cautelar.
Etiquetas:
economia nacional,
Programa cautelar,
resgate financeiro
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário