No rasto da intervenção presencial do FMI e da União Europeia, ficam os impostos, os cortes nos salários e reformas, o desemprego e a destruição dos instrumentos económicos necessários à recuperação – o chamado aparelho produtivo.
E que futuro? A mesma política. A mesma lógica da crueldade para os reformados e trabalhadores; dos “incentivos” para os capitalizadores. Não são os discursos, as entrevistas, os comentários que governam; são as leis.
O Governo português finge que celebra o sucesso de uma política que afinal “não é a sua”, se tivermos em conta “que lhe foi imposta” como gostam de afirmar, mas prossegue a mesma.
Tão falso como o Governo, só a União Europeia cujas políticas comprometem definitivamente o seu alegado papel solidário e salvífico – ela instalou uma guerra fria entre o norte e o sul do continente, comandada pela arrogância alemã; ela confirmou que os interesses dos especuladores financeiros são incompatíveis com os interesses dos trabalhadores, e colocou-se às ordens dos primeiros.
Até que ponto a percepção dominante desta realidade é contaminada pela desinformação dominante, é o que vamos perceber no dia 25 de Maio.
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