Não me recordo de ter ouvido tais impropérios de Seguro contra os seus adversários partidários, desde Passos Coelho a Salazar. Tanto mais grave que esse insulto atinge inevitavelmente Mário Soares, Almeida Santos, Manuel Alegre e tantos, tantos outros.
Em política, não é traição concorrer com os companheiros de partido, especialmente quando estes estão a prestar, reconhecidamente, um mau serviço; traição é defender o seu lugar no trono em vez de defender o sucesso do seu partido e do seu ideal, na disputa eleitoral. Para já não falar do que isso significa a nível nacional.
Nem Seguro é Jesus, nem Costa é Judas. Nem Costa jurou fidelidade a Seguro, nem Seguro é o PS. E o futuro irá mostrar inevitavelmente que “a traição nunca triunfa porque, se triunfasse, ninguém mais ousaria chamá-la de traição", como disse J. Harington.
Sim, António José Seguro, é o futuro que conta. E quando lá chegarmos bom será, para o PS e para si, que não tenham sido destruídas as pontes necessárias a reagrupar o seu partido. Nada que me incomode, confesso. Mas eu não sou seu amigo, logo, nem sequer posso traí-lo.
1 comentário:
Afirmou Jesus: "Aquele que comeu comigo do mesmo prato há de me trair". (Mateus 26:23)
Mas Costa não é Judas e Seguro não é Deus... nem do PS.
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