6.9.14

Porque hoje é domingo (53)

Que outra coisa fazem as religiões todas, a católica incluída, que não seja espalhar o terror?


Quem inventou os pecados e os castigos eternos? Quem ameaça com a perseguição constante do demónio e o fogo do inferno? Quem apoiou a dominação dos povos indígenas das regiões colonizadas de África e da América Latina, em nome da evangelização?

O terrorismo religioso, além de suportar as maiores atrocidades em nome do messianismo, aterroriza as consciências, o que não é menos grave.

Para que os piedosos discursos do Vaticano e das capelas cristãs implantadas pelo mundo, não fosse um exercício de hipocrisia acerca dos conflitos mundiais, seria necessário que reconhecessem o seu papel repressivo na História, e «corrigissem o erro» - como proclama a passagem do Evangelho que difundem neste domingo.

Do capítulo 18 da obra de Mateus, “as ovelhas do Senhor” ouvirão citar o versículo 15 que recomenda a censura discreta e fraternal do “erro”. Mas não as crueldades que referem outros versículos para quem não se “corrigir”.

É o caso do versículo 17 que diz “Se (o pecador) se recusar a ouvir, conte à igreja; e, se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano(*).

E é o caso, ó Deus piedoso, dos versículos 6 a 9: “se alguém fizer cair no pecado um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar. (…) Se a sua mão ou o seu pé o fizerem tropeçar, corte-os e jogue-os fora. É melhor entrar na vida mutilado ou aleijado do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, ser lançado no fogo eterno. E, se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno”.


Mas eu não ficaria de bem com a minha consciência, se não avisasse particularmente o nosso Primeiro-Ministro do que consta nos versículos 34 e 35:

(Parábola) "Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia".
(Conclusão) "Assim também fará meu Pai celestial a vocês se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão".


NOTA:
* Em vários textos da Bíblia os publicanos eram comparados aos piores tipos de gente.

1 comentário:

antónio m p disse...

Não é minha intenção desculpar os islamistas fanáticos, com os cristãos; é, pelo contrário, confrontar os cristãos com as suas próprias regras e práticas cruéis. É denunciá-los a todos pelos malefícios que causam às pessoas.