Pepe Mujica, como é carinhosamente tratado o presidente que doa 90% de seu salário para ONGs e pessoas carentes, termina agora o seu mandato de cinco anos.
No próximo domingo, há eleições no Uruguai, actualmente um dos países mais progressistas da América Latina. Tabaré Vázquez, o candidato melhor colocado nesta primeira volta, para suceder a Mujica, provém da mesma família política, a coligação Frente Amplio. Ele foi o primeiro presidente de esquerda da história do Uruguai, de 2005 até 2010.
No mesmo dia e no único país que faz fronteira com o Uruguai, o Brasil, Dilma Rousseff (na foto, com Mujica) disputará o próximo mandato presidencial, com o candidato social-democrata Aécio Neves.
Aqui já se trata da segunda volta, em que Aécio conta com o apoio expresso da candidata Marina Silva, afastada na 1ª volta – apoio da candidata mas não necessariamente de muitos dos seus apoiantes.
Ao invocar os valores da esquerda para atrair o apoio popular, nomeadamente em matéria de “compromissos sociais e económicos e fortalecimento do serviço público” Aécio reconhece que é nesses valores, e não nos seus ou dos seus aliados, que o Povo confia. O que em Lula e Dilma foram realizações económicas e sociais, em Aécio são promessas eleitorais que não correspondem ao seu ideário – para ele, as empresas estão primeiro!
As vitórias de Dilma, no Brasil, e Tabaré Vázquez, no Uruguai, a confirmarem-se, representarão o prosseguimento de um rumo de independência e progresso que não só beneficiará a América Latina como outras regiões onde domina a colonização económica e o retrocesso civilizacional – nomeadamente a Europa.
1ª foto: epocanegocios.globo.com
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