O cristianismo atribui um nome àqueles que fingem prosseguir o bem quando na realidade só fazem bem a si próprios (e aos seus), e tentam denegrir os outros para se valorizarem: é “fariseísmo”. O tema faz as homilias deste domingo, invocando o evangelho de Lucas (18,9-14).
A expressão “fariseísmo” resulta de uma parábola alegadamente contada por Jesus aos seus camaradas, para ilustrar a diferença entre os arrogantes e os humildes. Podia o Mestre ter usado como exemplos a doutora Lagarde e o engenheiro Guterres, mas não era seu costume meter-se com os césares – “a César o que é de César”. De resto, quando Guterres proclama a sua própria humildade, há que saber se está no papel do publicano ou do próprio fariseu…
E se este argumento hermeneutico se coloca em relação a Guterres, não menos se coloca em relação à Igreja de que ele é um distinto militante. Mas talvez seja mais prudente ficar-me por aqui, à imagem de Jesus, além de que é arrogância minha duvidar dos méritos morais dos dois papas a que o mundo está entregue – o religioso e o civil.
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