5.3.17

Porque hoje é domingo (87)

Dia 5 de Março de 2017

A Igreja tenta a nossa inteligência, o nosso discernimento até, com disparates os mais inverosímeis e infantis.

Neste domingo invoca-se o episódio fantasioso das tentações de Jesus no deserto: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mateus 4:1)

E a gente pergunta, com espanto:
1) tratando-se de um encontro de Jesus com o diabo no deserto, quem o testemunhou para que seja narrado nos Evangelhos oficiais de Mateus, Marcos e Lucas?
2) que sentido tem que “o Espírito” conduzisse Jesus “para ser tentado”? Deus não tinha confiança no seu Filho?
3) que pacto tinha Deus com um tal “diabo” para que entre eles organizassem esta sessão-teste?
4) que coisa é essa, “o diabo”, por quem Jesus aceitava ser interrogado?

“Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo…” “Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto…” (Mateus 4:5e8)

Será que vale a pena continuar a analisar o texto “sagrado” em que se baseiam as homilias deste domingo? Não é demasiado ridículo?

Só há uma explicação para que a Igreja mantenha esta narrativa absurda: é que ninguém a leva a sério! Trata-se afinal, na melhor hipótese, de um conluio de mentirosos bem-intencionados que se destina a anestesiar as dores morais ou psicológicas do “povo de Deus”.

Como terá dito Karl Marx em defesa desta tese benigna, trata-se do ópio do Povo.

1 comentário:

antónio m p disse...

Se eu fosse o diabo, tentaria Jesus com uma atraente mulher… O que prova que não sou.