O tema trazido neste dia à homilia da Igreja Católica invoca uma reunião secreta de Jesus com os discípulos ali para os lados da Síria, do Líbano ou de Israel. Mais propriamente, a Igreja invoca uma discussão entre os participantes sobre qual deles é o mais importante!
No domínio pessoal, a ambição de prestígio social é uma característica humana que não só se manifesta na política e no futebol mas também na religião como a História demonstra. Dirigir um clube, um partido ou uma ceita, é um objectivo que mobiliza, muitas vezes, métodos inconfessáveis como a conspiração, a corrupção, a violência pessoal ou de estado.
O Papa Francisco já tem denunciado a corrupção existente no próprio Vaticano, dizendo que na estrutura da Igreja pode encontrar-se "uma atmosfera mundana e principesca" e acrescentando que os religiosos "têm de contribuir para destruir este ambiente nefasto".
Jesus, que não conheceu pessoalmente este Papa, alertou também os seus discípulos nesta matéria (Marcos cap.30,v.33-35):
- O que é que vocês vinham a discutir no caminho?
Mas eles guardaram silêncio, porque no caminho haviam discutido sobre quem era o maior.
Sentando-se, Jesus chamou os Doze e disse: "Se alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos".
Convenhamos que há alguma ambiguidade neste discurso, quer pensemos em Ronaldo, em Patrícia Mamona ou em Fátima Carneiro que acaba de ser eleita a patologista mais influente do mundo... Mas há que atender ao contexto. No contexto e no sentido oculto dos discursos é que está a verdade! Por isso é que foram inventados os “comentadores” a quem Deus conferiu o poder interpretar os factos. E não falo só dos comentadores que interpretam "as palavras de Deus", os sacerdotes, falo também dos comentadores generalistas, por assim dizer, que fazem carreira nos jornais e nas estações de televisão nem sempre com rigorosas intenções.
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