23.12.19

Balanço de 2019

No domínio da Informação não só deturpar ou mentir é desinformação ou a contra-informação, também "esquecer", ignorar, censurar.

É sabido que a Humanidade sofre geralmente de amnésia histórica. Mas é muito estranho que jornalistas, analistas e comentadores, convidados nesta altura a nomear figuras e acontecimentos relevantes do ano, não se recordem de nada que tenha ocorrido há mais de dois ou três meses...

A greve dos motoristas de matérias perigosas, em Portugal, o recrudescimento dos distúrbios em França com os Coletes Amarelos e em Espanha com os movimentos independentistas, o Brexit no Reino Unido, os incêndios na Amazónia, o golpe de estado na Bolívia e a tentativa fracassada de invasão da Venezuela, foram acontecimentos históricos importantes no ano de 2019.

A tomada de posse de Jair Bolsonaro, no Brasil, e de Boris Johnson no Reino Unido, a proposta de destituição de Donald Trump, a eleição de Zelensky na Ucrânia e o regresso ao poder de Cristina Kirchner, na Argentina, devido à eleição de Alberto Fernández para a presidência, apresentam nomes com uma importância muito significativa que se destacaram em 2019 pela importância para o futuro dos seus países e da ordem mundial. E como ignorar, abandonar, Assange e Rui Pinto?

1 comentário:

antónio m p disse...

Assange actualmente não cumpre nenhuma pena mas está em "detenção preventiva", é mantido em isolamento numa prisão de alta segurança. Ele está gravemente doente e não é cuidado. É intencionalmente maltratado pelas autoridades britânicas, um tratamento que o relator especial da ONU assimila à tortura. A sua vida está literalmente em perigo.

Julian Assange nunca esteve sob uma jurisdição dos EUA. E portanto uma "extradição" dele para os Estados Unidos não será uma decisão da justiça mas o culminar de uma operação de sequestro pelos EUA de um jornalista estrangeiro.

Os Estados Unidos pretendem, apesar de tudo, aplicar-lhe 175 anos de prisão em nome de uma lei (Espionage Act, de 1917) e no quadro de um grand jury que proíbe ao acusado mencionar suas motivações e que reduz os direitos da defesa a zero.

www.legrandsoir.info/julian-assange-ce-que-nous-savons.html