“Felizes os que creram sem terem visto!” Esta é a lição que a Igreja pretende transmitir neste domingo, a propósito dos apóstolos que acreditavam na sua ressurreição e daqueles outros, como Tomé, que não acreditavam sem meter o dedo no lugar dos pregos.
Jesus contrapõe a fé cega à razão, não para elogiar a prudência inteligente de Tomé mas sim para elogiar a crença irracional de uns e a hipocrisia de outros.
“Felizes os que creram sem terem visto!” é um comentário que cola muito bem com o que tem dito o cardeal português: felizes os que acreditam no Governo apesar de não verem senão desemprego, empobrecimento e tragédia à sua frente. E quem diz José
Policarpo, diz Passos Coelho e seus apóstolos. O azar destes é que a salvação económico-social
tem que ser provada neste mundo e já passou o tempo para se revelar.
É provável que hoje, no discurso à nação, o primeiro-ministro português venha pedir mais uma prova de fé, sacrificando ao mesmo tempo, porventura, o lugar de
um apóstolo ou dois. Mas Passos Coelho já é um condenado. Tal como José Policarpo, apenas aguarda por substituto.
Publicado
às 8 horas de 2013-04-07
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