Já foi fotografada um milhão de vezes. Mais, muito mais. Mas a gente tem sempre a sensação de que há um ângulo que não foi explorado, ou uma luz, ou uma neblina… Há sempre, com certeza, alguém que por lá passa e que não passou das outras vezes. E até os barcos, cópias dos rabelos com pipas vazias ou turistas deslumbrados – justamente deslumbrados, entendamos.
A ponte D. Luis não é como a Torre Eiffel que não serve para nada – a ponte liga o Norte ao Sul de Portugal. Não estou a exagerar, que o bairrismo exacerbado de muitos portuenses chama a Gaia, Marrocos, e, aos lisboetas, mouros, logo Espinho, Aveiro, Coimbra, Entroncamento, é tudo sul!...
Mas dizia eu que a Ponte D. Luis, em rigor, Ponte Luis I, com tabuleiro em cima e tabuleiro em baixo donde salta para o Douro a “canalha” local, além de grande, magestosa e linda, abraça Porto a Gaia com férrea solidez e belo rendilhado como é a gente que ali nasce, franca e afectuosa “p’ra carago”.
De um lado, pitoresca, a ribeira portuense de longas tradições, conhecida no meu tempo de criança, pelas cheias e as inundações entretanto controladas; do outro lado, o chamado Cais de Gaia que copiou a evolução do Porto e criou bares e restaurantes que foram ganhando qualidade, e profissionalismo na arte de agradar aos visitantes. Mas cuidado: há que escolher.

(Fotos originais mas sem reserva de propriedade)
Sem comentários:
Enviar um comentário