3.6.14

España y sus borrascas


Entre o rescaldo do terrorismo e a erupção do separatismo, entre umas eleições europeias em que os dois partidos "do arco do poder", o PSOE e o PP juntos, não atingem 50% dos votos expressos e em que a renúncia do rei Juan Carlos parece levantar mais clamores contra a monarquia do que amores pelo sucessor Filipe VI, a Espanha vive um período tempestuoso.

Do ponto de vista optimista, para o regime instalado, o terrorismo agoniza, o separatismo cristaliza, as eleições não são legislativas e o príncipe Felipe tem boas condições para ser eleito chefe de estado de uma eventual república.

Neste contexto, está aberto um espaço de debate e de conflitualidade cuja evolução parece depender mais de algum erro do que da assertividade das forças em confronto, mais da precipitação do que da serenidade. Flutuar e dar pequenas braçadas parece ser mais prudente do que expor-se em terreno aberto - este estará mais reservado às forças sociais. 

Pelo menos até que estas ganhem confiança num quadro político novo que se vá desenhando. Ou aparentemente novo.

1 comentário:

antónio m p disse...

De notar que PSOE + Isquierdia Unida reunem juntos 33% enquanto o PP tem apenas 26%.

Se estes resultados e porventura também o resultado do "Podemos" configuram uma oposição de esquerda ao Partido Popular que se mantém no Governo, este pode ir fazendo as malas (sendo que malas, em castelhano, quer dizer más).