A liturgia católica deste Domingo, 19 de Fevereiro, reúne duas passagens da bíblia. Uma é retirada do Novo Testamento e outra é recolhida no Velho Testamento. A primeira menciona a ressurreição de Jesus (Mc 9,2-10). A segunda (Gn 22,1-2.9-13.15-18) revela uma das muitas crueldades do Deus “todo misericordioso”.
Transcrevo esta última.
«Naqueles dias, Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá e oferece-o aí em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.
Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha, em cima do altar. Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou”. E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”.
Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.
O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, eu te abençoarei…».
E agora digam-me, diante de tal exigência de Deus ainda que revogada depois mas não na memória da criança, certamente, o que é terrorismo! Quem leu o meu artigo do domingo anterior, não tem que estranhar – a religião alimenta-se do medo, não da fé.
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