Evo Morales, o presidente da Bolívia, que o governo português impediu de aterrar em Lisboa para reabastecimento do avião presidencial, há um ano,
conquistou uma grande vitória nas eleições de domingo 12 de Outubro.
Desta vez o governo português não pôde impedi-lo e os orgãos de Informação tiveram que conjugar “discrição” com insinuação a fim de ensombrar as evidências.
Lá onde isso mais importa, porém, a vitória de Evo Morales confirma a confiança e o apoio popular de que gozam as suas políticas anti-imperialistas ou de defesa da soberania nacional, se assim preferirmos dizer.
Essas políticas manifestam-se, a nível internacional, na forte vinculação à corrente progressista e bolivariana (de Bolívar) que predomina na actual América Latina, e ao movimento “integrador” dos países da região, gerado desde Hugo Chavez sem carácter politico-ideológico.
A nível nacional boliviano, a vitória eleitoral de Evo Morales exprime a aprovação popular de uma linha política em que a economia se subordina aos interesses do Estado. Neste sentido, o presidente nacionalizou parte de alguns sectores estratégicos, nomeadamente nos hidrocarbonetos, telecomunicações e mineração.
A sua política de inspiração socialista, desenvolvida ao longo de oito anos, levou estabilidade e rigor fiscal ao país, fez crescer fortemente a economia nacional e tirou milhões de pessoas da pobreza.
O Presidente financiou grandes obras de infraestruturas, a construção de escolas e de áreas desportivas. Entretanto, ao contrário de alguns receios manifestados no domínio empresarial, reconhece a importância do sector económico privado e nega a intenção de aumentar as nacionalizações, nomeadamente na banca e nas empresas com participação estrangeira.
Evo Morales provém de uma família muito humilde de província. Sem formação académica superior, foi pastor, pedreiro e músico. Activista sindical, iniciou por essa via a actividade política.
1 comentário:
"Já que estamos aqui a debater sobre a vida e a humanidade, quero sugerir-lhes um tribunal dos povos para iniciar um processo contra o Governo de Obama", disse Evo Morales, durante a sua intervenção na sessão plenária da Assembleia-Geral da ONU.
No seu discurso, o Presidente da Bolívia assinalou que, entre outros motivos, seria preciso julgar Obama "pelos bombardeamentos dos Estados Unidos na Líbia", perguntando "de quem é agora o petróleo da Líbia".
(Das notícias... no Brasil)
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