Quem defende a política de austeridade teve a sua oportunidade para o defender, aplicou-a como entendeu e falhou. O FMI teve o programa que quis, o governo foi além da troika, e isto não resultou.
A aplicação deste programa de austeridade desestabiliza o país e não cria as condições para o pagamento da dívida.
Com efeito, temos mais dívida, temos menos riqueza produzida e não há sustentabilidade do aumento das exportações. Temos menos salários pagos à população e temos mais desemprego – a população desempregada está em 20%.
Nós só teremos possibilidade de sair desta situação quando tivermos crescimento económico, e por este caminho não chegamos lá. O investimento está a 60% do valor de 1995.
Toda a gente ajustou mas não os grandes grupos económicos e o sector financeiro. Nestes o Governo não toca. Não toca nas comunicações, na banca, na EDP…
O cautelar e o concenso com o PS destinam-se à mesma coisa: garantir que a austeridade continua no próximo ciclo de três anos, agravando a dívida e o desemprego.
Estas são, em síntese, as ideias expressas no programa “Comissão Executiva” de 2014-03-09 do “Económico. tv”, com grande clareza,por Marco Capitão Ferreira (na foto), por estas palavras ou equivalentes. Uma voz a seguir.
Outra ideia "contra uma falácia muito em voga" é que nós não podemos aumentar as exportações, todos ao mesmo tempo!
Mas destaco uma frase particularmente oportuna :
“Nós somos um povo de brandos costumes mas escusávamos de ter uma branda oposição”.
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