Sim, todos são proprietários do regime democrático. Mas nem todos foram os seus autores.
26.4.18
20.4.18
Canel contra Canel ?
Ao novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, muitos desejam sorte, mas do que ele precisa é de inteligência - da sua, da população e da "comunidade internacional".
O que é pedir muito!
Quanto às mudanças necessárias, as opiniões dividem-se. Quanto à estratégia a seguir, que lhe sirva a tese marxista segundo a qual "as mudanças quantitativas operam mudanças qualitativas". Não sei se me faço entender...
16.4.18
As guerras de Macron
O general Vincent Déport, antigo director da escola de guerra de França, quando lhe perguntaram se o ataque contra a Síria foi legítimo, respondeu: “não sei se o ataque é legítimo mas é necessário”. Por sua vez, François Hollande, antigo presidente da república francesa, considera o ataque “justificado”.
Quanto ao actual presidente francês, Emmanuel Macron, que está eufórico com a demonstração do seu poder militar em acção real, declarou neste domingo, em entrevista na BFMTV, que o ataque foi mesmo legítimo, invocando umas imagens de dois ou três miúdos a levar umas mangueiradas numa sala incaracterística.
(foto recortada em globo.com)
Se foi necessário, justificado, legítimo ou simplesmente.. conveniente às estratégias politicas de Emmanuel Macron e Theresa May é o que a História acabará por revelar a seu tempo que não é o tempo deles. Mas algumas coisas sabemos já seguramente:
- as primeiras vítimas dos ataques são os cidadãos que pagam impostos aos estados atacantes para estes brincarem às guerras;
- o ataque não esperou pelas conclusões científicas sobre a origem das armas químicas, havendo mesmo quem admita que elas foram fornecidas pelo “ocidente” a grupos sírios de oposição ao presidente Assad;
- o ataque não afecta “o regime de Assad” nem garante a eliminação das alegadas armas químicas;
- o ataque reforça o apoio dos cidadãos sírios ao seu presidente, eles que são sempre as vítimas trágicas de todos os ataques;
- o ataque consolida as alianças da Síria com a Rússia e outros aliados de Assad;
Quanto ao actual presidente francês, Emmanuel Macron, que está eufórico com a demonstração do seu poder militar em acção real, declarou neste domingo, em entrevista na BFMTV, que o ataque foi mesmo legítimo, invocando umas imagens de dois ou três miúdos a levar umas mangueiradas numa sala incaracterística.
(foto recortada em globo.com)
Se foi necessário, justificado, legítimo ou simplesmente.. conveniente às estratégias politicas de Emmanuel Macron e Theresa May é o que a História acabará por revelar a seu tempo que não é o tempo deles. Mas algumas coisas sabemos já seguramente:
- as primeiras vítimas dos ataques são os cidadãos que pagam impostos aos estados atacantes para estes brincarem às guerras;
- o ataque não esperou pelas conclusões científicas sobre a origem das armas químicas, havendo mesmo quem admita que elas foram fornecidas pelo “ocidente” a grupos sírios de oposição ao presidente Assad;
- o ataque não afecta “o regime de Assad” nem garante a eliminação das alegadas armas químicas;
- o ataque reforça o apoio dos cidadãos sírios ao seu presidente, eles que são sempre as vítimas trágicas de todos os ataques;
- o ataque consolida as alianças da Síria com a Rússia e outros aliados de Assad;
- o ataque beneficia as organizações terroristas que
combatem na Síria;
- o ataque é um traque na paz mundial.
Etiquetas:
armas químicas,
Emmanuel Macron,
França,
Síria
15.4.18
Eles andam aí...
Le fondateur de la France insoumise, Jean-Luc Mélenchon, devait retrouver à Lisbonne, jeudi soir, Pablo Iglesias (Podemos, Espagne) et Catarina Martins (Bloco, Portugal) pour lancer un nouveau mouvement politique européen. (L'HUMANITÉ)
10.4.18
Políticas venenosas
Passado o prazo de validade mediática do caso Serguei Skripal, ex-agente duplo russo-britânico, a primeira-ministra britânica Theresa Mary retoma agora a cartada do ataque químico na Síria, para manter os afectos feridos com a União Europeia e os Estados Unidos da América.
Uma vez mais estes aliados estratégicos dizem que “acreditam” na sua própria versão e mais uma vez adiantam acusações e prepararam-se para “retaliar”. Que "o regime" sírio negue e que a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) ainda esteja a investigar as acusações é o que menos interessa para os fins que prossegue "o regime" da UE e dos EUA, claro.
Porque será que isto nos faz lembrar o suposto ataque atribuido ao “regime sírio” em... Abril de 2017?
O melhor é reler o artigo que AQUI publiquei então.
Etiquetas:
EUA,
Grã-Bretanha,
NATO,
Theresa May,
União Europeia
5.4.18
Hoje sou brasileiro
Todos os cinco (juizes que apreciaram o caso de Lula da Silva no Brasil) tinham fundadas razões jurídicas para votar a favor do Habeas Corpus, até porque estas existem em tanta abundância que Celso de Mello, Gilmar Mendes e Marco Aurelio Mello, em nada simpáticos a Lula ou ao PT, as encontraram.
Mas eles fizeram questão de não ver, com seus olhos rútilos na possibilidade de serem lacaios do poder e do golpismo.
Weber, até, disposta a promover uma cena dantesca: diz ser fiel a seus princípios, mas abre mão deles para seguir “a maioria” que não seria maioria se ela não aderisse à minoria.
Traidores do povo brasileiro, traidores dos que os conduziram ao Supremo, traidores de si mesmos.
Pobre povo brasileiro.
O texto acima é um excerto de uma crónica do jornal brasileiro DCM
Deste excerto eu discordo da conclusão, embora compreenda o sentimento. É que não podemos medir a força e a riqueza de um povo como aquele, de tanta gente excepcional em todos os aspectos, por incidentes históricos como este. Pobre povo brasileiro, sim, se não souber reagir à altura. Mas parece claro que as dores de hoje são dores de parto de um país novo e forte que está para vir.
Sim, é possível que Lula da Silva seja sacrificado neste processo. Mas, como se cantava em Portugal nos tempos mais negros, POR CADA FLOR ESTRANGULADA HÁ MILHÕES DE SEMENTES A FLORIR.
Mas eles fizeram questão de não ver, com seus olhos rútilos na possibilidade de serem lacaios do poder e do golpismo.
Weber, até, disposta a promover uma cena dantesca: diz ser fiel a seus princípios, mas abre mão deles para seguir “a maioria” que não seria maioria se ela não aderisse à minoria.
Traidores do povo brasileiro, traidores dos que os conduziram ao Supremo, traidores de si mesmos.
Pobre povo brasileiro.
O texto acima é um excerto de uma crónica do jornal brasileiro DCM
Deste excerto eu discordo da conclusão, embora compreenda o sentimento. É que não podemos medir a força e a riqueza de um povo como aquele, de tanta gente excepcional em todos os aspectos, por incidentes históricos como este. Pobre povo brasileiro, sim, se não souber reagir à altura. Mas parece claro que as dores de hoje são dores de parto de um país novo e forte que está para vir.
Sim, é possível que Lula da Silva seja sacrificado neste processo. Mas, como se cantava em Portugal nos tempos mais negros, POR CADA FLOR ESTRANGULADA HÁ MILHÕES DE SEMENTES A FLORIR.
3.4.18
Ser ou não ser Centeno
Quando a Direita, na Assembleia da República, afirmou a 27 de Março que há "um grande cisma dentro do governo" que impede, nomeadamente o Ministro da Saúde, de resolver os problemas do seu ministério, Adalberto Campos Fernandes ripostou que "Em matéria de rigor orçamental e de crescimento económico somos todos Centeno".
Campos Fernandes referia-se a todos os ministros e não, obviamente, a todos os portugueses.
Mas a deturpada leitura extensiva a todos os portugueses tem sido vendida e revendida em muitos orgãos noticiosos. Entre os mais chocantes deturpadores está o programa da RTP3, “O Outro Lado” de 3 de Abril, em que Pedro Adão e Silva e Rui Tavares se deixaram enrolar pelo “moderador” Adelino Faria.
Campos Fernandes referia-se a todos os ministros e não, obviamente, a todos os portugueses.
Mas a deturpada leitura extensiva a todos os portugueses tem sido vendida e revendida em muitos orgãos noticiosos. Entre os mais chocantes deturpadores está o programa da RTP3, “O Outro Lado” de 3 de Abril, em que Pedro Adão e Silva e Rui Tavares se deixaram enrolar pelo “moderador” Adelino Faria.
1.4.18
Porque hoje é domingo (94)
Que perigo representava Jesus para as autoridades da época, que as levou a persegui-lo até à morte? Afinal, profetas como ele que se diziam ser o Messias anunciado no Antigo Testamento, havia e houvera muitos. E ele nem sequer ambicionava tomar o poder – o poder político, entenda-se. Ou sim?
Cabe lembrar que já naquela altura a Palestina lutava contra um ocupante – não Israel, como agora, mas o Império Romano. E que Jesus nasceu na pátria ocupada.
Jesus, com mais legitimidade do que Trump, dirigia-se para Jerusalém, no dia que hoje se celebra, sendo então proclamado Rei. Não é de estranhar que isto tivesse um significado político se nos lembrarmos que o rei David, de quem Jesus era descendente, a seu tempo conquistou Jerusalém! – a fazer fé no que diz a Bíblia.
Se existe uma cidade que possa designar-se capital da violência religiosa, talvez seja Jerusalém. Donald Trump, esse profeta apocalíptico tal como Jesus e João Baptista, proclamou por estes dias, ele próprio, que Jerusalém é capital de Israel.
Esforça-se a Igreja em interpretar que no caso de Jesus se tratava de um reinado meramente espiritual – o reino de Deus. Um Jesus político destinado a resgatar a independência dos judeus, como sugere a inscrição que será afixada sobre a sua cruz “JNRJ” (Jesus Nazareno Rei dos Judeus), entraria em contradição com a sua afirmação “a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”. Isto para já não falar do descontentamento que causaria aos republicanos (futuros) a ideia de que o Filho de Deus era monárquico...
Fosse por razões políticas ou religiosas ou ambas, andavam os sacerdotes e os escribas atarefados em perseguir Jesus. Foi então que Judas Iscariotes, traindo aquele que seguia até aí como apóstolo, se prestou a indicar aos perseguidores quem eles procuravam. Nada que o perseguido não tivesse previsto e anunciado: "Em verdade vos digo: Um de vós, que está comigo à mesa, há-de entregar-Me".
Portanto, o que ficou sempre a intrigar alguns entre os quais me incluo, é se esta morte, que veio a ocorrer, se deveu a razões religiosas ou políticas, como já referi. Mas certamente que Donald Trump nos virá esclarecer no seu twitter.
(Este post foi refeito às 23h00 de 1 de Abril de 2018)
Cabe lembrar que já naquela altura a Palestina lutava contra um ocupante – não Israel, como agora, mas o Império Romano. E que Jesus nasceu na pátria ocupada.
Jesus, com mais legitimidade do que Trump, dirigia-se para Jerusalém, no dia que hoje se celebra, sendo então proclamado Rei. Não é de estranhar que isto tivesse um significado político se nos lembrarmos que o rei David, de quem Jesus era descendente, a seu tempo conquistou Jerusalém! – a fazer fé no que diz a Bíblia.
Se existe uma cidade que possa designar-se capital da violência religiosa, talvez seja Jerusalém. Donald Trump, esse profeta apocalíptico tal como Jesus e João Baptista, proclamou por estes dias, ele próprio, que Jerusalém é capital de Israel.
Esforça-se a Igreja em interpretar que no caso de Jesus se tratava de um reinado meramente espiritual – o reino de Deus. Um Jesus político destinado a resgatar a independência dos judeus, como sugere a inscrição que será afixada sobre a sua cruz “JNRJ” (Jesus Nazareno Rei dos Judeus), entraria em contradição com a sua afirmação “a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”. Isto para já não falar do descontentamento que causaria aos republicanos (futuros) a ideia de que o Filho de Deus era monárquico...
Fosse por razões políticas ou religiosas ou ambas, andavam os sacerdotes e os escribas atarefados em perseguir Jesus. Foi então que Judas Iscariotes, traindo aquele que seguia até aí como apóstolo, se prestou a indicar aos perseguidores quem eles procuravam. Nada que o perseguido não tivesse previsto e anunciado: "Em verdade vos digo: Um de vós, que está comigo à mesa, há-de entregar-Me".
Portanto, o que ficou sempre a intrigar alguns entre os quais me incluo, é se esta morte, que veio a ocorrer, se deveu a razões religiosas ou políticas, como já referi. Mas certamente que Donald Trump nos virá esclarecer no seu twitter.
(Este post foi refeito às 23h00 de 1 de Abril de 2018)
Etiquetas:
Donald Trump,
homilia,
Jesus Cristo,
Páscoa,
Religião
Subscrever:
Mensagens (Atom)