28.9.12
Elementar, caro Watson Coelho
Após um bom jantar e uma garrafa de vinho, entram nos sacos de dormir e caem no sono. Algumas horas depois, Holmes acorda e sacode o amigo.
- Watson, olhe para o céu estrelado. O que você deduz disso?".
Depois de ponderar um pouco, Watson diz:
- Bem, astronomicamente, estimo que existam milhões de galáxias e potencialmente biliões de planetas. Astrologicamente, posso dizer que Saturno está em Câncer. Teologicamente, eu creio que Deus e o universo são infinitos. Também dá para supor, pela posição das estrelas, que são cerca de 3h15 da madrugada…
O que me diz você, Holmes?" Sherlock responde:
- "Elementar, meu caro Watson. Roubaram a nossa barraca!"
É o que se passa com os discursos e declarações dos governantes, e com muitas das análises e comentários emitidos nos órgãos de comunicação. Após a bebedeira eleitoral, os aldrabões caem na mais tranquila alienação que as suas ambições alimentam e os serviços de Informação sustentam.
Alguns meses depois, o Povo acorda, sacode o Governo e pergunta:
- Senhores governantes, olhem como o país está destruído. O que dizem vocês disso?
Depois de ponderar os conselhos dos consultores, o Governo responde:
- Bem, financeiramente os portugueses vivem acima das suas possibilidades; economicamente, são uns preguiçosos; socialmente só pensam em direitos; psicologicamente, são uns piegas… E o que dizem vocês?
O Povo responde:
- Elementar, senhores governantes: vocês têm andado a roubar-nos !
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25.9.12
A cigarra e a formiga e !
A versão da fábula, que mais se adequa à realidade, conta que depois de todos os sacrifícios e privações por que passou a formiga durante o verão, veio um Coelho e tirou-lhe tudo!
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Passos Coelho
23.9.12
Porque hoje é domingo (24)
O problema das caricaturas de Maomé ou, mais propriamente, o problema das reacções violentas contra os autores daquelas caricaturas em papel ou em filme, é analisado de forma desassombrada e lúcida por Ludwig Krippahl no blogue “Que Treta!”
Imagem representa a Inquisição católica no séc. XII.
Naquele artigo se confronta o “respeito pelas ideologias", com o respeito pelas pessoas, que é, afinal, o que está em causa: «A violência à conta deste filme é apenas um de muitos exemplos do que acontece quando se respeita mais as ideologias do que as pessoas».
Quão longe nos levaria esta reflexão se quiséssemos analisar os genocídios presentes e passados. No mínimo nos levaria a aceitar que milhares de vítimas de Hitler e de Stalin não o foram tanto em nome dos ideais racistas ou igualitaristas, mas por causa daqueles homens, os quais fariam o mesmo se tivessem ideais contrários! Então, como sempre, a prática de um grupo bebe da sua cultura, e não da sua lei.
Quantas pessoas são hoje torturadas e mortas em nome dos ideais de liberdade e de democracia... para essas pessoas?! Seria ocioso citar exemplos quando eles estão todos os dias nos orgãos de Informação.
Depois há a questão dos que são mais papistas do que o Papa, dos apóstolos que estão mais preocupados com o seu prestígio do que o próprio Cristo, segundo a passagem do Evangelho que hoje é invocada pela Igreja Católica (Mc 9,30-37).
20.9.12
A estratégia da provocação
Não tem época, não tem lugar. Acontece em todo o tempo e em todos os lugares. É apenas uma forma de luta – tão inteligente quanto cobarde. Quem nunca se deixou enganar pelos métodos provocatórios, certamente não frequentou os campos da batalha política.
Para dar um exemplo fácil de reconhecer, pela actualidade, hesito entre Portugal e o Egipto mas acabarei por invocar os dois até para vermos como o vírus se adapta a contextos tão diversos.
Nas manifestações populares que decorreram em Portugal no passado dia 15 de Setembro, assistimos em Lisboa a uma acção desencadeada por um grupo de manifestantes que atiraram garrafas contra a Polícia, digo contra os polícias que porventura sofrem mais do que eles (aqueles!) os efeitos da política de empobrecimento. No Porto, outro pequeno grupo aproximou-se do pequeno palco onde populares anónimos denunciavam a política vigente - o que este pequeno grupo fazia era ruído para interferir com aqueles depoimentos, um ruído que usava palavras de ordem aparentemente adequadas às circunstâncias.
Ás vezes, como eu testemunhei agora no Porto, são menos de meia dúzia, mas a sua impetuosa animação e um megafone lhes chegam para fazer o trabalhinho que convém à Direita oficial - sujar a imagem da manifestação..
Topo-os há mais de trinta anos nas manifestações organizadas pela CGTP ou pelo PCP. O seu azar é que nestas são mais controlados. Mas até do controlo que sobre eles se exerce para manter as manifestações em ordem, eles tiram partido, dizendo que “um grupo independente” foi impedido por aquelas organizações, de se manifestar – isto é, de provocar, desvirtuando os objectivos e os métodos dos organizadores.
Alguns órgãos de Informação fazem o maior eco possível destas acções provocatórias e exportam “o produto” para o estrangeiro. Este trabalho é remunerado. O que fazem os provocadores, só faz sentido se também for…
Ontem, na Assembleia da República, Carlos Abreu Amorim, ex-analista político "independente", agora deputado do PSD, fazendo o jogo dos provocadores invocou os distúrbios ocorridos junto ao edifício do Parlamento. Mas a sua intervenção saiu-lhe mais frustrada ainda que a tentativa dos "meninos queques" apalhaçados de meninos pobres.
Quanto às caricaturas de Maomé que têm vendido jornais e filmes e têm comprado ódios e retaliações desnecessários, não visam ajudar os EUA e a França a pacificar as suas relações com o mundo muçulmano. Mas ajudam certamente o Partido Republicano americano e os conservadores franceses, à falta de estratégias mais sérias para contrariar os efeitos dos resultados eleitorais naqueles países – resultados previsíveis ou apurados, respectivamente. E que dizer dos efeitos que esta “arte pela arte” provoca na árdua luta dos muçulmanos progressistas pela laicização dos seus estados?
Para dar um exemplo fácil de reconhecer, pela actualidade, hesito entre Portugal e o Egipto mas acabarei por invocar os dois até para vermos como o vírus se adapta a contextos tão diversos.
Nas manifestações populares que decorreram em Portugal no passado dia 15 de Setembro, assistimos em Lisboa a uma acção desencadeada por um grupo de manifestantes que atiraram garrafas contra a Polícia, digo contra os polícias que porventura sofrem mais do que eles (aqueles!) os efeitos da política de empobrecimento. No Porto, outro pequeno grupo aproximou-se do pequeno palco onde populares anónimos denunciavam a política vigente - o que este pequeno grupo fazia era ruído para interferir com aqueles depoimentos, um ruído que usava palavras de ordem aparentemente adequadas às circunstâncias.
Ás vezes, como eu testemunhei agora no Porto, são menos de meia dúzia, mas a sua impetuosa animação e um megafone lhes chegam para fazer o trabalhinho que convém à Direita oficial - sujar a imagem da manifestação..
Topo-os há mais de trinta anos nas manifestações organizadas pela CGTP ou pelo PCP. O seu azar é que nestas são mais controlados. Mas até do controlo que sobre eles se exerce para manter as manifestações em ordem, eles tiram partido, dizendo que “um grupo independente” foi impedido por aquelas organizações, de se manifestar – isto é, de provocar, desvirtuando os objectivos e os métodos dos organizadores.
Alguns órgãos de Informação fazem o maior eco possível destas acções provocatórias e exportam “o produto” para o estrangeiro. Este trabalho é remunerado. O que fazem os provocadores, só faz sentido se também for…
Ontem, na Assembleia da República, Carlos Abreu Amorim, ex-analista político "independente", agora deputado do PSD, fazendo o jogo dos provocadores invocou os distúrbios ocorridos junto ao edifício do Parlamento. Mas a sua intervenção saiu-lhe mais frustrada ainda que a tentativa dos "meninos queques" apalhaçados de meninos pobres.
Quanto às caricaturas de Maomé que têm vendido jornais e filmes e têm comprado ódios e retaliações desnecessários, não visam ajudar os EUA e a França a pacificar as suas relações com o mundo muçulmano. Mas ajudam certamente o Partido Republicano americano e os conservadores franceses, à falta de estratégias mais sérias para contrariar os efeitos dos resultados eleitorais naqueles países – resultados previsíveis ou apurados, respectivamente. E que dizer dos efeitos que esta “arte pela arte” provoca na árdua luta dos muçulmanos progressistas pela laicização dos seus estados?
13.9.12
Portugal entre as brumas
Em Portugal, a Direita, questionada pela sua própria base de apoio a quem chega de forma cada vez mais violenta a onda do empobrecimento, desmascarada a incompetência dos seus dirigentes, confrontada com a evidência de que a alternativa está na Esquerda, assustada com a eminência de lutas populares incontornáveis e porventura incontroláveis, pressionada pelos próprios quadros partidários não envolvidos no Governo e por um CDS receoso de perdê-lo, terá que encontrar uma estratégia para continuar no Poder, e essa estratégia não vai ser uma mudança de política.
Como de costume, “para que tudo fique na mesma” o que se vislumbra é uma remodelação do Governo, digo da composição do Governo. A preparar esta medida no inconsciente colectivo, vão fazendo o seu trabalho de comentadores, prestigiados membros da família política ameaçada.
Para que a remodelação tenha o impacto “necessário”, terão que sair Miguel Relvas, Victor Gaspar e Álvaro Santos Pereira, com razões “convenientes” para os dois primeiros e sem necessidade de explicação para o terceiro. Outra cosmética que ficará muito bem é a repartição do Ministério de Assunção Cristas por dois ou três, porventura todos do CDS para aliviar as suas insatisfações.
Quanto à oportunidade da remodelação, é fácil de prever que seja na véspera de uma grande iniciativa popular de protesto – manifestação ou greve geral.
Não admira que o PS seja publicamente convidado a integrar o “novo” executivo; o que seria de pasmar era que o Partido Socialista aceitasse afundar-se a curto prazo neste barco furado – a tanto não há-de chegar o seu “sentido de responsabilidade” que tão mal sai, também ele, deste desastre.
Como de costume, “para que tudo fique na mesma” o que se vislumbra é uma remodelação do Governo, digo da composição do Governo. A preparar esta medida no inconsciente colectivo, vão fazendo o seu trabalho de comentadores, prestigiados membros da família política ameaçada.
Para que a remodelação tenha o impacto “necessário”, terão que sair Miguel Relvas, Victor Gaspar e Álvaro Santos Pereira, com razões “convenientes” para os dois primeiros e sem necessidade de explicação para o terceiro. Outra cosmética que ficará muito bem é a repartição do Ministério de Assunção Cristas por dois ou três, porventura todos do CDS para aliviar as suas insatisfações.
Quanto à oportunidade da remodelação, é fácil de prever que seja na véspera de uma grande iniciativa popular de protesto – manifestação ou greve geral.
Não admira que o PS seja publicamente convidado a integrar o “novo” executivo; o que seria de pasmar era que o Partido Socialista aceitasse afundar-se a curto prazo neste barco furado – a tanto não há-de chegar o seu “sentido de responsabilidade” que tão mal sai, também ele, deste desastre.
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Vitor Gaspar
9.9.12
Porque hoje é domingo
A própria Igreja Católica reconhece que não há como saber se os evangelhos foram, de fato, escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Nos textos não há menção aos autores.
Sylvia Browne, americana autora do best seller “A Vida Mística de Jesus”, usa essas supostas brechas nas escrituras para tecer suas teorias.
Ela lembra que a “Bíblia” como a conhecemos só tomou forma a partir do Concílio de Niceia, em 325 d.C., e que nesses três séculos a Igreja manipulou transcrições e traduções dos evangelhos para que eles divulgassem uma mensagem alinhada ao projeto de expansão da instituição.
Sylvia sustenta ainda que os evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos foram escritos pela mesma pessoa e que apenas o de João teve um autor exclusivo. Supostas contradições, omissões e coincidências seriam sinais da manipulação.
Excerto de: ISTOÉindependente
Sylvia Browne, americana autora do best seller “A Vida Mística de Jesus”, usa essas supostas brechas nas escrituras para tecer suas teorias.
Ela lembra que a “Bíblia” como a conhecemos só tomou forma a partir do Concílio de Niceia, em 325 d.C., e que nesses três séculos a Igreja manipulou transcrições e traduções dos evangelhos para que eles divulgassem uma mensagem alinhada ao projeto de expansão da instituição.
Sylvia sustenta ainda que os evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos foram escritos pela mesma pessoa e que apenas o de João teve um autor exclusivo. Supostas contradições, omissões e coincidências seriam sinais da manipulação.
Excerto de: ISTOÉindependente
5.9.12
Argentina com Cristina
Enquanto os nossos governantes, economistas, e comentadores “do arco do poder” escondem, caricaturam ou aldrabam a situação política e económica argentina, e enquanto o jornalismo ideológico do asco do poder financeiro internacional anda a catar defeitos em Cristina Kirchner, a Argentina liberta-se dos malefícios do FMI e constrói a sua independência, desenvolvimento e melhoria social. Ele que é o país com maior salário industrial da América Latina.
Cristina acredita nas virtudes de um capitalismo controlado. Mas é manifesta a sua preocupação com a “inclusão social”, com o proteccionismo económico (restrições às importações e desenvolvimento da produção nacional), e com os prejuízos que resultam do facto dos EE.UU. serem o único emissor de dólares.
E aposta na industrialização como factor de desenvolvimento, de emprego e de independência nacional.
O seu longo mas denso discurso de improviso na celebração do Dia da Indústria, na noite de 3 de Setembro, valeu por muitas “universidades de Verão” das que por cá se usam. Lá, onde agora começa a Primavera.
A tese mais repetida por Cristina Kirchner é que "não são os modelos económicos mas sim os projectos políticos" que determinam o rumo das nações. Uma tese que, na minha leitura, responsabiliza os políticos de todas as trincheiras que se escudam na invencibilidade do poder financeiro para desculpar as crueldades da Direita e as incompetências da Esquerda.
Enquanto governantes, ex-governantes e aspirantes debatem a melhor forma de disfarçar as suas próprias responsabilidades na austeridade imposta aos portugueses, chega da menosprezada Argentina, para quem quiser ouvir, este discurso responsabilizador. De lá, onde se nacionalizam os sectores estratégicos que aqui se alienam a interesses privados: linhas aéreas e correios, águas e combustíveis, por exemplo.
Não admira que a presidente Cristina Kirchner tenha detractores militantes dentro e fora do seu país. Tanto o grupo que controla o jornal Clarín, como os controladores do segundo maior jornal argentino, o La Nación, disparam contra ela que nem José manuel Fernandes contra os comunistas - passe a comparação. Em causa, na Argentina, está a fome insaciável do agronegócio, entre outros. É que o capitalismo controlado – por assim dizer - só existe na China e ninguém tem grande confiança em que resista às suas contradições.
Aqueles que acusam Cristina de uma proximidade “perigosa” com o “chavismo” da Venezuela, não se dão conta de que podem estar a empurrá-la para lá mesmo - que é o menos preocupante, entenda-se.
Cristina acredita nas virtudes de um capitalismo controlado. Mas é manifesta a sua preocupação com a “inclusão social”, com o proteccionismo económico (restrições às importações e desenvolvimento da produção nacional), e com os prejuízos que resultam do facto dos EE.UU. serem o único emissor de dólares.
E aposta na industrialização como factor de desenvolvimento, de emprego e de independência nacional.
O seu longo mas denso discurso de improviso na celebração do Dia da Indústria, na noite de 3 de Setembro, valeu por muitas “universidades de Verão” das que por cá se usam. Lá, onde agora começa a Primavera.
A tese mais repetida por Cristina Kirchner é que "não são os modelos económicos mas sim os projectos políticos" que determinam o rumo das nações. Uma tese que, na minha leitura, responsabiliza os políticos de todas as trincheiras que se escudam na invencibilidade do poder financeiro para desculpar as crueldades da Direita e as incompetências da Esquerda.
Enquanto governantes, ex-governantes e aspirantes debatem a melhor forma de disfarçar as suas próprias responsabilidades na austeridade imposta aos portugueses, chega da menosprezada Argentina, para quem quiser ouvir, este discurso responsabilizador. De lá, onde se nacionalizam os sectores estratégicos que aqui se alienam a interesses privados: linhas aéreas e correios, águas e combustíveis, por exemplo.
Não admira que a presidente Cristina Kirchner tenha detractores militantes dentro e fora do seu país. Tanto o grupo que controla o jornal Clarín, como os controladores do segundo maior jornal argentino, o La Nación, disparam contra ela que nem José manuel Fernandes contra os comunistas - passe a comparação. Em causa, na Argentina, está a fome insaciável do agronegócio, entre outros. É que o capitalismo controlado – por assim dizer - só existe na China e ninguém tem grande confiança em que resista às suas contradições.
Aqueles que acusam Cristina de uma proximidade “perigosa” com o “chavismo” da Venezuela, não se dão conta de que podem estar a empurrá-la para lá mesmo - que é o menos preocupante, entenda-se.
3.9.12
Julian Assange falou...
... mas "o Ocidente" não quiz ouvir.
Foi no dia 31 de Agosto que Julian Assange, exilado na embaixada do Equador em Londres, concedeu uma entrevista a Jorge Gestoso, da Telesur, para falar daquilo que não interessa aos orgãos de Informação alinhados com os Estados Unidos da América.
Foi no dia 31 de Agosto que Julian Assange, exilado na embaixada do Equador em Londres, concedeu uma entrevista a Jorge Gestoso, da Telesur, para falar daquilo que não interessa aos orgãos de Informação alinhados com os Estados Unidos da América.
2.9.12
Porque hoje é domingo (23)
"Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar, mas o que sai do homem, isso é que mancha o homem."
Não fosse alguém pensar o que não deve, Jesus teve necessidade de esclarecer que isto, uma vez mais, é uma metáfora querendo significar que aquilo que nos "mancha" não é o que dizem de nós mas sim o que nós dizemos. Por exemplo: a gente pode dizer que um ministro é um corrupto, que um conselheiro é um sacana, que um chefe de governo é um aldrabão, que um presidente da república é um hipócrita, que nada disso mancha a reputação de sua excelências; o que eles dizem e fazem é que sim.
Em verdade, em verdade vos digo que isto não sou eu que afirmo, é Jesus Cristo, tal como nos conta o repórter Marcos desde a Nazaré, (Mc 7,1-8.14-15.21-23). Mas é justo também noticiar o que disse Jesus directamente ao Povo: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas: - Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim»
Mais uma vez há que explicar o sentido metafórico destas palavras. Isaías usa a palavra “lábios”, não em qualquer dos seus sentidos próprios mas sim no sentido daquilo que se utiliza para expressar o pensamento ou a vontade, como é o caso do voto, em política. Traduzindo: “Este povo me honra com os votos mas o que ele quer está longe de mim".
Não fosse alguém pensar o que não deve, Jesus teve necessidade de esclarecer que isto, uma vez mais, é uma metáfora querendo significar que aquilo que nos "mancha" não é o que dizem de nós mas sim o que nós dizemos. Por exemplo: a gente pode dizer que um ministro é um corrupto, que um conselheiro é um sacana, que um chefe de governo é um aldrabão, que um presidente da república é um hipócrita, que nada disso mancha a reputação de sua excelências; o que eles dizem e fazem é que sim.
Em verdade, em verdade vos digo que isto não sou eu que afirmo, é Jesus Cristo, tal como nos conta o repórter Marcos desde a Nazaré, (Mc 7,1-8.14-15.21-23). Mas é justo também noticiar o que disse Jesus directamente ao Povo: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas: - Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim»
Mais uma vez há que explicar o sentido metafórico destas palavras. Isaías usa a palavra “lábios”, não em qualquer dos seus sentidos próprios mas sim no sentido daquilo que se utiliza para expressar o pensamento ou a vontade, como é o caso do voto, em política. Traduzindo: “Este povo me honra com os votos mas o que ele quer está longe de mim".
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