31.10.13

Teatro no Porto

Enquanto Paulo Portas apresenta o seu guião
e Passos Coelho apresenta o seu orçamento, 
os Palmilha Dentada,
eleitos pelo público mais exigente do Porto,
apresentam...

(carregue na foto para ampliar)

27.10.13

Não há dinheiro

Rendeiro, Guichard e Fezas Vital (…) na sua qualidade de administradores do BPP, atribuíram-se a si próprios, "antecipadamente [um ano antes do que seria normal] e sem que estivessem reunidas as condições para tal", prémios superiores a cinco milhões de euros, que receberam a poucos meses do banco entrar em colapso.

Público.pt

25.10.13

Que se lixe a troika


Os objectivos financeiros vêm sendo penosamente prosseguidos através de cortes nos salários, nos subsídios de férias e de natal e nas pensões, e no aumento brutal dos impostos, muitas vezes disfarçados em taxas de solidariedade, taxas adicionais, etc.

Todas estas medidas são apresentadas como provisórias, mas tudo voltará à primeira forma se forem eliminadas, tornando as finanças públicas insustentáveis.

Isto demonstra que é preciso fazer face aos problemas financeiros com soluções económicas, além de ser incontornável a renegociação da dívida pública. Que o caminho da troica é um beco sem saída.

24.10.13

Despesa pública

AO CUIDADO DE PASSOS COELHO
C/c: CAVACO SILVA

Na Suécia é assim...


Os seis mil euros mensais brutos que a Presidência do Conselho de Ministros paga a um consultor de conteúdos, os 27 mil euros que a Câmara da Horta pagou por um carro, e os 765 mil euros que o Banco de Portugal gastou num contrato de 2 anos para telecomunicações móveis e as ilegalidades em matéria de licenciamento para a construção, são apenas alguns dos exemplos de despesismo do "arco da governação", denunciados no blogue Má Despesa Pública

Para quem não quiser comprar o livro de Paulo Morais "Da Corrupção à Crise", onde estas coisas estão melhor sistematizadas, contextualizadas e explicadas por razões óbvias.

22.10.13

Manifestação.... artística

Não tendo a manifestação da CGTP do dia 19 p. p. correspondido à criatividade que se esperava, fica ao menos este registo criativo do Porto (Praça da Batalha).

Foto de Leonor Lapa

20.10.13

Porque hoje é domingo (45)

Viúva pressiona juiz

Nada mais a propósito para o contexto político que se vive em Portugal, a passagem do Evangelho que a Igreja Católica invoca hoje nas suas homilias.

Conta S. Lucas (18 1-8) que uma viúva recorreu a um juiz pedindo:‘Faça-me justiça contra o meu adversário!’. Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim ele pensou que a insistência da viúva já o estava a aborrecer demais e por isso resolveu atender à sua reclamação – fazer justiça.

Não espero que os sacerdotes usem esta metáfora para defender o caracter ilegal dos cortes nas pensões de viuvez, a ser ponderado pelos juizes do Tribunal Constitucional, ou para defender a persistência das reclamações populares, mas não duvido que seria mais útil e compreensível do que usar a metáfora a favor da perseverança na oração como se Deus fosse pressionável.

18.10.13

Manif na Ponte do Infante

VAMOS CONTRA A CORRENTE



PORQUE HÁ 2 LADOS

15.10.13

Hoje é a ponte, amanhã se verá.


Em Junho deste ano, as “autoridades” reprimiram manifestantes que impediam o acesso à ponte 25 de Abril. Agora querem proibir manifestantes de ter acesso à mesma ponte. Afinal em que ficamos, ó Macedo? Se tens medo não vás mas deixa-nos em paz.

9.10.13

Qual é a pressa?

No próximo dia 15 de Outubro, o Governo apresenta o Orçamento de Estado para 2014.

Nele se reflectirão os buracos existentes na dívida pública e no défice orçamental - o Orçamento para 2013 já revelou até Agosto uma degradação do défice e aumento da dívida pública que já vai em 130% do PIB.

No O.E. de 2014 se reflectirão, enfim, os erros decorrentes do enorme aumento de impostos aplicados aos cidadãos com efeito desastroso no poder e na confiança destes para consumir, e a falta de condições para o investimento privado. Nele se justificarão as “medidas de austeridade” em curso ou em preparação.

Cada orçamento que passa, cada avaliação da troika, cada pacote de austeridade, é mais um golpe na economia nacional e nas condições de vida dos portugueses – são mais falências, mais desemprego, mais empobrecimento, mais degradação geral. Por isso é que custa a entender que o PS de José Seguro a António Costa continuem a perguntar “qual é a pressa” de derrotar o Governo.

«António José Seguro avisa que o PS não será cúmplice do empobrecimento de Portugal nem contribuirá para um estado "low cost"». Entretanto, vai deixando passar a caravana e a gente adivinha a explicação em forma de pergunta: “qual é a pressa”?

Por seu lado, António Costa, revela que avisou o secretário-geral do partido, na Comissão Política Nacional, que "ou havia um conjunto de condições que era possível reunir para unificar o partido" ou que se "sentia na obrigação de avançar para a liderança". E mais recentemente, a propósito dos resultados para as autárquicas, considerou: - Ganhámos em votos, ganhámos em câmaras, mas há ainda bastante caminho a fazer. – Afinal, digo eu, qual é a pressa?

Francisco Assis tampouco acha que chegou o momento… E Augusto Santos Silva, por muito que goste “de malhar na direita”, também parece pouco decidido. Ele defende “um consenso pluripartidário assente noutras bases”, isto é, com “outra liderança”. Santos Silva concretiza: uma coligação que integre o Partido Socialista, uma parte do CDS (na linha de Pires de Lima) e parte importante do PSD – aqui reunindo, nomeadamente, a linha de Rui Rio e de Cavaco Silva! (TVI24, 2013-10-08)

Mesmo ignorando esta bizarra “alternativa” sugerida por Santos Silva, se o regresso do PS significa prosseguir o programa de privatizações e destruição da produção, dos PECs e Memorando com a troika, que ocorreu durante o governo de José Sócrates, faz todo o sentido perguntar: qual é a pressa?

6.10.13

Porque hoje é domingo (44)

As leituras de hoje, nas igrejas católicas, chamam-nos a atenção para a fé.

“Aumenta-nos a fé!”, disseram os apóstolos a Jesus (Evangelho: Lc. 17,5-10). “Aumenta-nos a fé!”, adivinha-se nos rostos dos apóstolos de Passos Coelho. “Aumenta-nos a fé!”, parece ouvir-se o Povo confrontado com a inutilidade do empobrecimento para o “ajustamento económico e financeiro”.



Na carta aos Hebreus está bem explicado o que é a fé: “firme fundamento das coisas que se esperam, uma posse antecipada, um meio de demonstrar as realidades que não se vêem”.

Aí está: a fé não consiste em acreditar no que se vê, no que se sabe, é acreditar no que se não vê nem antevê. Se estivessemos a assistir a um país em crescimento, com aumento de produção e investimento, com aumento de emprego e de salários, com equilíbrio do défice e redução da dívida pública, enfim, não seria preciso ter fé para acreditar no Governo, mas não é isso que se vê, pelo contrário.

É neste sentido que devem entender-se as palavras de Passos Coelho e os silêncios de Paulo – não do santo mas do Portas.

4.10.13

A história repete-se

Explicação... para estrangeiros:

Na foto actual, treinador do Benfica, Jorge Jesus (!), defende um adepto que está a ser dominado pelas autoridades ao invadir o campo de futebol no fim do jogo. Na outra imagem, não sei.

Recebido por e-mail.

3.10.13

Soares e Menezes, a mesma luta

Nas eleições autárquicas recentes, os eleitores do Porto não escolheram Rui Moreira contra Filipe Menezes, escolheram sobretudo um candidato que representa a oposição mais fracturante ao partido do Governo. Luis Filipe Menezes não aprendeu com a derrota de Mário Soares em relação a Manuel Alegre nas presidenciais.

A acusação de endividamento da Câmara de Gaia durante a presidência de Menezes, cuja dimensão está por apurar, pesa menos no critério dos eleitores do que a incriminação de Isaltino Morais em Oeiras - este que foi apoiado nestas eleições por interposto candidato.

Esperava o PSD que votassem no partido do Governo os funcionários públicos em geral, os médicos e os enfermeiros, os professores e os juízes, os polícias e os roubados, os falidos e os desempregados, os pensionistas e os reformados?

É claro que os portugueses não deviam precisar das eleições autárquicas para exprimir o seu repúdio pela política nacional, mas precisam! Quando as suas reclamações, os seus protestos, as suas lutas são desprezadas pelo poder central, os cidadãos encontrarão sempre forma de lembrar que é neles que reside a soberania e são eles que escolhem os governos. Ou os rejeitam.

2.10.13

Oeiras e as eleições

No “Sinédrio” de Oeiras Pôncio Pilatos perguntou ao povo se escolhia o prisioneiro ou o polícia, ao que o povo respondeu: queremos o prisioneiro. Foi assim que este saíu premeado e aclamado pelos companheiros de cela.

Quanto ao polícia, foi crucificado.


Investigações mais aprofundadas revelaram que afinal o criminoso não era candidato senão por interposta pessoa, e o polícia também já não prendia, pelo que Pilatos foi lavar as mãos e ver televisão. Fazia pena a cara triste, ensimesmada, do Francisco Moita Flores, mas a malta já está habituada.