(Evangelho - Mt 14,13-21)
A diferença, a fazer fé no que se conta, é que naquele mesmo dia “todos comeram e ficaram satisfeitos”. Afinal a justiça está, antes de mais, na forma como se repartem os bens naturais e sociais, o que dá a terra, o mar... e o trabalho!
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Isto para dizer que a vantagem de Jesus não foi tanto a sua habilidade para a magia, quanto a sua vontade de dar de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede, em vez de dar tudo a quem tudo tem. Ele que terá dito, embora isto já me pareça conversa de bolcheviques, que “é mais fácil a um camelo entrar no buraco de uma agulha do que a um rico entrar para o Reino dos Céus”.
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ACRESCENTO
Por falar de César vs Deus, e para que se não diga que eu não ouço "o outro lado" , cito uma frase actual da Igreja portuguesa:
«A situação diminui a margem, legítima em democracia, para utopias. É este sentido de realismo que nos indica que devemos procurar soluções para Portugal no quadro social, político-económico em que está inserido: União Europeia, zona da moeda única, conjunto de países que se estruturam na base do respeito pela pessoa humana e pela sua liberdade, concretamente da liberdade de iniciativa económica».
O contexto - para os desconfiados! - lê-se AQUI.